6 de junho de 2008
O FABULOSO GERADOR DE DISCURSOS DELEUZIANOS
Você se torna o próprio Deleuze!!!
Rapadura é doce, mas não é mole, mas pode ser deleuziana

“A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente ao paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma
tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas”.
Este discurso foi proferido por um Deputado do tucanato quando defendia o uso da rapadura no lanche escolar.
Concluímos que o tucanês é uma forma de discurso deleuziano, por conseguinte todo deleuziano é no fundo PSDEBISTA....
5 de junho de 2008
COREOGRAFIAS
vídeo-dança evoca Deleuze... sentimos falta de algo mais artístico, sensual, ou sincrônico...
...daí, sugerimos à coreógrafa deleuzeana que observe princípios elementares da arte de dançar.
31 de maio de 2008
ENTREVISTA

Gato Félix: Deleuze afirmou: “O problema, para a sociedade, é o de parar de vazar.” Qual o sentido real da expressão “parar de vazar”?
Zara: Porque a intervenção urbana é centro de interesse de deleuzeanos?
Edileuza: Qual a melhor definição para cyberfeminismo?
Edileuza: han-rammm...
O eu é o outro: levanto a discussão deleuzeana sobre imagem-movimento, imagem-tempo, o que pode a imagem?
Zara: Então, como preencher esse poder de afetar e ser afetado?
27 de maio de 2008
TRADUTOR

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22 de maio de 2008
19 de maio de 2008
DESAFIOS DELEUZEANOS
Deleuze deixou vários desafios (sim, a cauda é longa) para os deleuzeanos, entre outros: a) busca incessante pelo acontecimento; b) as reais transfigurações de linhas de fugas desterritorializantes; c) a sedução midiática de corpos com órgãos; d) a captura e a emergência de diferenças e repetições; e) a constituição identitária dos sujeitos, a "bioidentidade" – o impressionante domínio da árvore em todo pensamento e fazer ocidental – ou seja, viver e conjugar o verbo rizomar.
Numa simples cena de vídeo-dança, identificamos a síntese de todos esses desafios, segue-se a análise baseada no modelo paradigmático do autor.
Observamos que esse funk, um acontecimento musical popular dançante, altamente rizomático, nunca visto por Deleuze, evidencia as diferenças e repetições existentes na sociedade contemporânea pós-modernéssima. Os movimentos dos dançarinos, inscritos num território delimitado (no caso, o quadrado) é negado diante da sedução midiática do ritmo musical. Os corpos com órgãos constroem linhas de fugas dos territórios demarcados, afetados pelo ritmo da música, mas principalmente pelas evidência de signos, figuras e eventos contemporâneos como o Saci, Claudinho Bochecha, Zidane, Cowboy, Matrix, Robinho, as olimpíadas Pan-americanas, Cicareli, o Sol, etc - uma verdadeira constelação de bio-identitidades, todos pertencentes a não-lugares. Assim, os paquitos em seus percalços, negam o metro como medida e preparam a aceitação de uma nova medida, gestando uma indefinição criadora, uma espécie muito particular de negatividade...
18 de maio de 2008
CAHIERS DU RIZOMÁ
Friedrich Wilhelm Nietzsche fagocitado em versão pop-arte rizomática
A inserção do pensamento rizomático no ideário contemporâneo é bastante questionável. Deleuze é considerado um nome (pelos deleuzeanos) na chamada pós-modernidade filosófica (!). Jogam dentro de um mesmo saco de gato epistemológico ‘desconstrucionista’ ou ‘pós-estruturalista’: Deleuze, Lyotard, Roland Barthes, Jacques Derrida, Jean Baudrillard, Michel Serres e Paul Virilio. Porém, acadêmicos norte-americanos, alemães e de outros mares, além França, negam essa pós-modernidade filosófica e ignoram o ideário do pensamento rizomático.
Como disse um grande poeta “só é possível filosofar em alemão”... o mestre do rizoma já sabia disso, tanto que as principais fontes de seu invencionismo rizomático (fagocitose teórica) foram os pensadores Nietzsche, Kant, Leibniz...
16 de maio de 2008
OUTRAS INTERVENÇÕES
15 de maio de 2008
INTERVENÇÕES RIZOMÁTICAS
Câmera-olho capta a vida sem mediações no México. Estamos diante de um evento nunca antes visto: Emos, Punks e Hare Krishnas, grupos altamente rizomáticos, encontram-se e exibem suas identidades tribais.
12 de maio de 2008
EXPEDIÇÃO GRAFITE A MISSÃO
1. Matheus ao telefone falando com um candidato à prefeitura nas próximas eleições municipais. Ele quer apagar as intervenções com as propagandas do candidato, utilizando a tal tinta acrílica... Fazer uma espécie rizoma de cobertura...
2. D. Maria, sentada, cedeu o muro de sua casa para expedição... Está arrependida...
3. Homem Vitruviano e sobralense foi pego de surpresa. Agora ele protege o que lhe restou... De consciência...
4. Sujeito ligando para sogra... Para fazer uma viagem ao não lugar...
5. Um grafiteiro deleuziano da expedição...
6. O responsável por este post após ler o post da Zara...
EXPEDIÇÃO GRAFITE E OUTRAS MISSÕES


grafite revela o sentido de missões anônimas
Moradores de casas pintadas com tintas d’ água já conheceram outras texturas. Graças as cores em acrílico e neon de latas de spray de grafiteiros que circulam em galerias de São Paulo, Espanha, Alemanha, Estados Unidos. Agora eles enfeitam as paredes de lugares inóspitos do Nordeste.
Sim, a missão civilizadora de nômades artistas continua!
Como informa a revista Cult, grafiteiros deixam seus traços em Pernambuco, Bahia, entre outros lugares “esquecidos” (por quem mesmo?) da região.
"Foi mágico chegar em um lugar onde não existe grafite, nem uma simples pixação, nada! Todas as casinhas limpas e coloridas e a gente com aquela sede de pintar".(grafiteiro)
Na revista, um dos artistas diz o que o encantou:
"Fiquei fascinado com aquelas casas feitas com uma técnica praticamente medieval..."(o artista teria levado a modernidade à região com seus jatos de tinta? )
Outras missões
Já o Ceará, sempre na vanguarda dos tempos, inaugurou outro tipo de missão. De Sobral para o mundo, o governador e seus assessores participaram na Europa de eventos em busca de investimentos para o esquecido estado. O ineditismo ficou por conta da intervenção de um personagem up to date, a sogra do governador que certamente fez uso de investimentos públicos do Ceará além-mar. A intervenção tirou do anonimato a sogra e a cafetinagem da política made in Sobral, um lugar não-mais-esquecido da região.
E assim, o mundo se desterritorializa em missões civilizadoras, no mínimo divertidas...
6 de maio de 2008
VIBRAÇÕES ENTRE PORCOS E ARANHAS
primeira conexão entre o porco e o homem-aranha
Uma cena especial de um filme tem me chamado a atenção, particularmente pelo entrecruzamento das várias leituras realizadas em ambiente de rede. Como ensinam Deleuze e Guattari "todo ambiente é vibratório", destaco assim a vibração presente na abordagem imagem-afecção e na invenção de novos gestos sugeridas a partir de um bicho de estimação, no caso um porco-aranha.
A re-invenção do porco-aranha: a síntese de um porco (animal terrestre, mamífero) uma aranha (animal artrópode) e uma trilha musical do personagem de Stan Lee e Steve Ditko, o Homem Aranha (Marvel Comics).
Uma re-invenção dentro da multiplicidade vivida pois, ao mesmo tempo em que o Porco-aranha do filme simboliza outros signos cristalinos da Marvel - o original Porco-Aranha criado por Tom de Falco e Mark Armstrong, uma paródia do Homem-aranha, claro - e para além disso, uma re-criação de um ícone pop que segue no sentido de des-criar o real, de resistir ao fato que lá está, impedindo que o medium desapareça naquilo que nos dá a ver, nesse movimento que vai da coisa representada à sua representação.
De sua performance gráfica original publicada em suporte impresso (em 17 raras revistas) às suas atuais aparições na cena mídia-arte, um plano de reflexão concentra-se e se expande em torno da questão “o que é uma imagem-afecção em ambiente vibratório de rede?”
Mesmo estando o Porco-Aranha do filme inserido em um não-lugar de passagem peculiar aos animais de estimação - lembro que essa é uma obra de ficção, de estética diferenciada como pode-se observar também na genial e premiada película italiana Porcos com asas - toda a meditação suscitada no momento de sua fruição acompanha uma crítica permanente, uma desmontagem das redes de discurso e significação que investem as imagens nos seus diferentes modos de aparecer.
Enfim, essa narrativa fílmica pode nos proporcionar diversas e possíveis matizes de leituras sobre a permanência desses animais que habitam o planeta e que também sobrevoam a nossa a cultura cinematográfica contemporânea.
a conferir em um lugar de passagem mais próximo desse blog, também em versão original.
sugestões rizomáticas:
na música: CD Animals (Pink Floyd), faixa Pigs;
na literatura: Porci con le ali - Lidia Ravera e Marco Radice;
para ler e esquecer: Cinema 1 - A imagem em movimento e
Cinema 2 - A imagem-tempo (Gilles Deleuze)
EXPEDIÇÃO FRANCISCO
grupo de artistas ignorou a performance das carrancas das embarcações do velho chicoSegundo a Folha de São Paulo o grupo tinha uma idéia: “levar arte contemporânea a um cenário inóspito e fazer contato com um público alheio ao circuito dos museus paulistanos.” Ou na voz de um dos artistas: “trazer a noção de macio, de conforto, ao inóspito, lidar com a aspereza”.
“A produção de obras in locu são a contribuição e o presente da tripulação para a população ribeirinha.” (no entanto, a população recusou os confortáveis e macios presentes dos artistas)
“Nabor Kisser... segue um princípio acumulativo de informação, criando uma base de dados em tempo real, tentando traduzir em forma de relações e em forma de uma interface adequada à complexidade dessa experiência (rizoma como foi usado por Gilles Deleuze e Félix Guattari para descrever a representação e interpretação da informação, sem começo, fim ou hierarquia).” (o discurso deleuzeano também justificará o fracasso de público da expedição.)
Em Petrolina, a expedição tratou de: embrulhar tudo o que os artistas viam pela frente com uma espuma sintética amarelo brilhante; gravar as intervenções em vídeo; fazer flutuar sobre o rio balões brancos de látex, “que simulavam luas cheias”; percorrer a cidade com olhos vendados; fotografar as performances; escrever diários de bordo!
O correspondente da Folha, que viajou a convite da Petrobrás, registrou ainda que “apesar da entrevista na rádio e de os artistas terem estampado a capa da "Gazeta do São Francisco", ninguém apareceu para ver...
"Nosso público não é daqui, é de São Paulo", admite Meiron, sem esconder a decepção.” (tanto esforço para atestar que o público alheio aos circuitos dos museus paulistanos seguirá alheio a essa arte contemporânea.)
"Estaria vazio mesmo que a gente estivesse esquartejando um cavalo (sic!), arrematou Kisser”. (num sentido não deleuzeano: já que a noção de macio e conforto não contaminou aquele povo inóspito, logo a noção de aspereza (do artista, no caso) também não.)
A Expedição Francisco teve o patrocínio da Funarte e Petrobrás.
Atestamos, mais uma vez, que o dinheiro público insiste em financiar eventos de intervenções nômades e expedições artísticas, altamente rizomáticos. E observe, eles proliferam aos montes e parecem que são mesmo feitos para ninguém ver.
PELA DESCRIMINALIZAÇÃO DO DISCURSO RIZOMÁTICO
Não vou entrar na discussão sobre a descriminalização do uso da maconha. Até porque não vou me (basear) em ninguém para sustentar as argumentações epistemológicas conforme as exigências da ABNT. E como já dizia Saint-Exupèry: “Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cannabis sativa” (Pequeno Príncipe, pg 100, 2008 – lido por todas as misses do mundo).
É meu dever neste blog lutar pela descriminalização do discurso rizomático. Por isso, fiz uma coletânea de discursos rizomáticos apoiando o nosso movimento
Não importa o dispositivo, não vem ao caso.
http://www.youtube.com/watch?v=nkZULaQUEEs
http://www.youtube.com/watch?v=jflYVmevJ_o
http://www.youtube.com/watch?v=AIWwMJw5LT0
http://www.youtube.com/watch?v=SBtKAlfo0bo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=SoP6dDHvFfg
30 de abril de 2008
CRÔNICAS DELEUZEANAS (1)
A FELICIDADE DESORGANIZADA DO RIZOMA DE OHANAEsta é minha cadela, a Ohana. Uma legítima pedigree da raça Cão da Serra. Cachorro de temperamento dócil e de grande sensibilidade. Não é de fácil trato, pois a vastidão de pêlos requer cuidados diários e depilações semanais. Desorganizada, espalha felicidade pela casa.
Bom, a Ohana é só para dizer que fui despertado de manhã por lambidas eufóricas. Já era hora da volta na quadra do condomínio para comprar o pão da padaria de seu Júlio, no flamengo. Acordei de mau humor decepcionando as expectativas de Ohana. Estava de Kafka para vida.
A volta na quadra foi sem brincadeiras e silêncio profundo. Pensava constantemente no evento que enfrentaria logo depois. A empresa onde trabalho havia contratado uma consultoria para motivar os funcionários. Isso era o suficiente para me deixar irritado. Um mosquito fazia-me acordar um monstro. Se existe uma coisa que tira a minha paciência é esta moda de marketeiro ensinando a ser feliz! Como uma consultoria sabe de fato o que me motiva? Só em saber que tinha que enfrentar um evento motivacional já era motivo suficiente para me deixar profundamente desmotivado.
Sob o olhar entristecido de Ohana, deitado no tapete da sala, pensei com um pedaço de pão francês na boca: devo ir, não devo ir... Foi quando escutei voz no interior do francês: deve ir, devir – fui!
Depois de alguns minutos de sufoco de tempo dilatado na Avenida Brasil, estava eu e outros sentados no auditório da empresa a espera do nosso facilitador – Como se tivesse algo complicado de fazer nesse tipo de evento! O facilitador entrou, ou melhor, a facilitadora. Vestia um blazer vinho, carregava uma pasta da Louis Viton que guardava um I-mac. Ela tinha um peirce em um dos olhos - Desculpem-me, não sei como se escreve o nome deste acessório, mas vamos deixar sem jeito, pois a mulher era adepta da semi-ótica – Perdoe-me minha Santa Ela! Mas ela, a mulher, facilitadora, já havia plantado uma árvore, tinha filhos e acabara de publicar sua tese de doutorado em Sociologia das Organizações na FGV – “O Sucesso do RH: O Rizoma Humano” – Pode um negócio deste? Depois dizem que as mulheres não complicam a vida!Imaginem uma mulher deleuzeana com mastercerd na mão - Tempo dilatado para compras! Este também era o tema do encontro. Não sobre o cartão, ou sobre a mulher em si, mas o rizoma dela. Estava desesperado. Queria que meu estado kafkaniano tivesse asas cascudas. A mulher era filha do ócio criativo, fã do Paulo Coelho e além do mais deleuzeana - Uma “marketeira holística da transdiciplinaridade criativa” (uma retórica performática fora do contexto original – sonsigno).
O evento começou com uma piada para dizer-nos que estávamos tensos e que precisaríamos relaxar. De fato estava irritado, mas o meu colega ao lado dormia que fazia bico. A mãe Dinah deleuziana deu um chute dentro e outro para fora do Maracanã. Aquela mulher jamais, inclusive em meu estado normal, teria a capacidade de me fazer relaxar. Dito e feito! A deleuzena das “corporações sem órgãos” (Um modelo de ONG da pós-modernidade do espetáculo) citou Spinoza e aplicou uma dinâmica de grupo rizomática -Perfeito! Spinoza e Deleuze e a felicidade organizada -Tudo culpa do De Masi!
A dinâmica tinha a seguinte experiência: cada pessoa recebia um barbante, que era segurado na extremidade do cordão enquanto o colega segurava a outra ponta até formar um grande círculo. Depois, cada um se movimentava no espaço, passando um por baixo do outro – Um caos aparente... Chegou um momento em que ninguém conseguia se mexer. A imagem, segundo a facilitadora, era de um rizoma humano, um coletivo híbrido... Já a minha não era de uma barata presa numa armadilha, mas de um chato no meio de pentelhos... E como já estava naquela situação, enleado, lembrei onde gostaria de estar: no rizoma da Ohana, minha fiel felicidade desorganizada...
PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS HELICÔNIAS...
olho-câmera captou em heliconário, uma contemporânea instalação de mudas de rizomas.
As helicônias são formadas por um rizoma - parte subterrânea, e por um pseudotalo, folhas e inflorescências - parte aérea. Importante frisar que os rizomas são órgãos de reprodução assexuada.
Destaco aqui as conexões existentes entre os arbóreos e outros seres vivos que também vivem em situações de cultivo de seus rizomas, no caso os deleuzeanos, humanos de aspecto assexuado.
Como elas, os rizomáticos deleuzeanos tendem a se ramificar, sustentados por uma pseudofilosofia, folhas e folhas de livros e textos que se reproduzem por todos os meios e tecnologias e por suas inflorescências que se instalam em qualquer lugar de passagem.
O botânico-guia informou que a maioria das helicônias ainda não foram descobertas, pois vivem de modo endêmico e em regiões quentes. Fato que também se aplica aos deleuzeanos que atualmente disseminam seus rizomas em terra de índios, onde canta a jandaia, que já teve um bode como vereador, e seus habitantes cultivam o hábito de comer siriarás às quintas-feiras.
29 de abril de 2008
27 de abril de 2008
NARRATIVAS DELEUZEANAS (I)
26 de abril de 2008
DELEUZE LOST IN CEARÁ
O seriado Lost evidencia algumas questões da desterritorialização. Não pelo aspecto de um território, ou o não-lugar geográfico. Mas por um espaço do pensamento. Um lugar de trânsitos múltiplos, coletivos de encontros possíveis. O homem é este não-lugar em Lost. Esta busca pelo encontro, do devir, é o que mantém a trama da Série. O novo capítulo postado neste blog materializa a questão deleuziana: Lost é cearense.
24 de abril de 2008
ACONTECIMENTO
cena mídia-arte: olho-câmera registra o efeito do experimento mentos+coca cola22 de abril de 2008
DILEMAS (I)
Alguém, em estado de consciência não-deleuzeana, pode explicar os dilemas abaixo ?
"Dilemas atuais: entre o ativismo e o entretenimento
A(r)tivismo é brincadeira?
O Ar(r)ivismo é sério?
Com quantos umbigos se faz um grupo?
Um(b)iguismo?
Coletivo Nova Pasta, Anais do 1º Congresso Internacional de A(r)rivismo"
in: hibridismo coletivo no Brasil...
21 de abril de 2008
AXÉ DELEUZIANO

Uma análise deleuziana de um dos maiores sucessos do carnaval da Bahia:
Asa de Águia
Composição: Durval Lelys e Levi Pereira
Conclusão: todas as letras de axé são deleuzianas. Logo, no fundo, todos deleuzianos adoram axé.
20 de abril de 2008
TODO DELEUZIANO É MAL AMADO

"Deleuze afirmava que não gostava dos intelectuais. Ele os definia como dispondo de uma reserva de saber de que se servem para falar de qualquer coisa, em qualquer lugar e a qualquer momento." (valha do povo mal amado!)
"Ele (Deleuze) lia os textos em função da elaboração de problemas específicos e depois os esquecia."(tá explicado!)
(http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/ninguem.pdf)
VIVER E PENSAR A DIFERENÇA
Meio esquizo(frênico) isso, não?
TESTE: VOCÊ É UM DELEUZIANO?

Casal, numa intervenção coletiva nômade, exibe peças produzidas em workhop
Responder Sim ou Não:
1. Você faz parte de algum coletivo híbrido, de resistência, observa o arquivamento do eu presente na arte contemporânea e já participou de alguma intervenção num lugar de passagem?
2. Compreende que as poéticas digitais são laboratórios vivos da arte mas que só é possível produzir algo novo a partir de diálogos intersignos com os concretistas Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos?
3. Faz pelo menos uma dessas atividades da cena mídia-arte: vídeo-performance + fotografia + instalação; vídeo-dança; gambiarra + design; grafismos em estencil; apropriação e reinvenção?
4. Considera-se um artista muito mais do processo que do produto?
5. Já gravou um vídeo experimental em pelo menos um desses espaços: hangar; aeroporto; container de navio; terminal de ônibus; estação de trem; centro da cidade; e depois exibiu a obra em um desses espaços e discutiu a narrativa temporal do vídeo com as 3 pessoas que sobreviveram a sua exibição?
6. Em cinema, já assistiu, num domingo à noite, algum desses filmes de Dziga Vertov: Cine-olho, Um homem com uma câmera e Entusiasmo?
7. Rejeita a espetacularização do consumo do mundo fashion, por isso prefere usar roupas de algodão, camisetas ativistas, sandálias e bolsas customizadas em workshops nômades?
8. Conjuga os seguintes verbos: re-organizar, re-conhecer, re-inventar; re-inserir, re-significar?
9. Você crê na lógica do copyleft, nega a privatização das idéias, e exercita a apropriação criativa dos saberes, especialmente em suas tarefas acadêmicas, enfim, é adepto do MDP – modo deleuzeano de produção?
10. Já pensou em quebrar as paredes que envolvem as janelas da sua casa?
PONTUAÇÃO:
Sim= 10 pontos; Não=0 ponto.
AVALIAÇÃO
10-30 PONTOS
Você não é deleuziano. Para fortalecer sua posição sugerimos a leitura das obras de Spinoza, Leibniz, Hume, Kant, Nietzsche, Bergson. Rejeite as interpretações, vá direto aos autores.
40-60 PONTOS
Você está a meio caminho de se tornar um deles. Procure urgentemente um analista de orientação freudiana ortodoxa. Nada de esquizoanalistas.
70-100 Pontos
Você é um deleuzeano afetado, caso irrecuperável.
18 de abril de 2008
NA ARQUITETURA

“A apresentação de Roberto Cremascoli, Edison Okumura e Marta Rodrigues (COR) decorreu literalmente sob o signo de Alice no País das Maravilhas em versão disneyficada. O uso das figuras da versão em desenho animado do livro de Lewis Carroll introduziu um atelier resultante do encontro no Porto de um italiano, um “brasileiro disfarçado de japonês”, e uma portuguesa chegada de uma estadia em Paris.”
“Se há uma idéia que fica latente é o pragmatismo das apresentações, pragmatismo entendido aqui por oposição a uma idéia de intensidade que geralmente associamos a aproximações mais existenciais da prática de arquitetura. Como em leveza versus peso, precisão versus comoção, ou quotidiano versus exceção.”
"Pedro Campos Costa apresentou três propostas de características distintas, uma instalação nos jardins do Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos, uma cenografia para uma peça ao ar livre em Almada, e uma proposta de uma casa integrada no evento Casa Portuguesa. Em todas elas, a precisão de um gesto fundacional estabelece o universo de cada uma. Cobrir um jardim com pó de talco cria uma imagem inesperada trazendo para fora o cheiro-a-hospital, provavelmente tão importante como a imagem, que desaparece no dia seguinte."
“O MOOV fizeram a segunda apresentação construída a partir de um mapa de ligações, depois dos Ateliers de Santa Catarina, poderemos estar a assistir a uma matriz deleuziana (mapas rizomáticos de ligações) nos novos arquitectos de Lisboa?”
NA LITERATURA
Um dos itens:
“O uso da literatura como repertório de narrativas, figuras e sentenças de impacto para uso de nietzschianos e deleuzianos desbundados, que acham que o que realmente importa, mais do que os estudos de Filosofia e Literatura, é a Vida, ela mesma, cuja logogenia multívoca, pulsando nos devires, é inapreensível por meras disciplinas acadêmicas. Contra o estudo árido e estéril, a Vida latente na literatura da rua, fonte privilegiada de hibridismos culturais, pode prover a filosofia da sensualidade e fluidez do papo-cabeça.”
NA CAMA COM UM DELEUZIANO
entre beijos e abraços calientes, o rapaz me lançou a seguinte proposta:
- lindona, vamos fazer um corpo sem órgãos?
estupefata com o que ouvia, parei tudo e respondi:
- um o quê, homem?
- um corpo sem orgãos, pra gente sentir o intempestivo, buscar algum devir rizomático e, a partir da lógica do acontecimento e do pensamento nômade, surfar no molar e no molecular.
e eu, achando que o rapaz estava falando de assar tubérculos, perguntei desanimada:
- ai, ai, num basta trepar e ir embora não?
(bom, a história não foi exatamente assim, mas foi quase.)
ABECEDÁRIO
"Primeiro Encontro Latino-americano de Esquizoanálise:
Entre 12 e 15 de agosto próximos ocorrerá, em Montevidéo, um encontro de esquizoanalistas, pensadores, artistas e pessoas afetadas pela praxis inventada por Félix Guattari e Gilles Deleuze.
Em sintonia com o grupo de companheiros que está trabalhando na organização, queremos contribuir para que o encontro seja realizado da maneira mais rizomática e aberta possível.
Por isso queremos convidar todos aqueles que não se conformam em dizer viva a diferença, mas que fazem a diferença e querem nesse encontro uma autêntica produção de multiplicidades livres, na esteira de um processo real de experimentação que depende somente de nós. Será uma oportunidade para criar e saber do que é capaz um jogo nômade coletivo.
O encontro é totalmente autogerido: todos pagarão a própria passagem e inscrição.
Desejar o acontecimento é espalhar um contágio de vibrações que nos excedem e não querem se conservar em nós.”





