6 de junho de 2008
O FABULOSO GERADOR DE DISCURSOS DELEUZIANOS
Você se torna o próprio Deleuze!!!
Rapadura é doce, mas não é mole, mas pode ser deleuziana
“A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente ao paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma
tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas”.
Este discurso foi proferido por um Deputado do tucanato quando defendia o uso da rapadura no lanche escolar.
Concluímos que o tucanês é uma forma de discurso deleuziano, por conseguinte todo deleuziano é no fundo PSDEBISTA....
5 de junho de 2008
COREOGRAFIAS
vídeo-dança evoca Deleuze... sentimos falta de algo mais artístico, sensual, ou sincrônico...
...daí, sugerimos à coreógrafa deleuzeana que observe princípios elementares da arte de dançar.
31 de maio de 2008
ENTREVISTA
Gato Félix: Deleuze afirmou: “O problema, para a sociedade, é o de parar de vazar.” Qual o sentido real da expressão “parar de vazar”?
Zara: Porque a intervenção urbana é centro de interesse de deleuzeanos?
Edileuza: Qual a melhor definição para cyberfeminismo?
Edileuza: han-rammm...
O eu é o outro: levanto a discussão deleuzeana sobre imagem-movimento, imagem-tempo, o que pode a imagem?
Zara: Então, como preencher esse poder de afetar e ser afetado?
27 de maio de 2008
TRADUTOR
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22 de maio de 2008
19 de maio de 2008
DESAFIOS DELEUZEANOS
Deleuze deixou vários desafios (sim, a cauda é longa) para os deleuzeanos, entre outros: a) busca incessante pelo acontecimento; b) as reais transfigurações de linhas de fugas desterritorializantes; c) a sedução midiática de corpos com órgãos; d) a captura e a emergência de diferenças e repetições; e) a constituição identitária dos sujeitos, a "bioidentidade" – o impressionante domínio da árvore em todo pensamento e fazer ocidental – ou seja, viver e conjugar o verbo rizomar.
Numa simples cena de vídeo-dança, identificamos a síntese de todos esses desafios, segue-se a análise baseada no modelo paradigmático do autor.
Observamos que esse funk, um acontecimento musical popular dançante, altamente rizomático, nunca visto por Deleuze, evidencia as diferenças e repetições existentes na sociedade contemporânea pós-modernéssima. Os movimentos dos dançarinos, inscritos num território delimitado (no caso, o quadrado) é negado diante da sedução midiática do ritmo musical. Os corpos com órgãos constroem linhas de fugas dos territórios demarcados, afetados pelo ritmo da música, mas principalmente pelas evidência de signos, figuras e eventos contemporâneos como o Saci, Claudinho Bochecha, Zidane, Cowboy, Matrix, Robinho, as olimpíadas Pan-americanas, Cicareli, o Sol, etc - uma verdadeira constelação de bio-identitidades, todos pertencentes a não-lugares. Assim, os paquitos em seus percalços, negam o metro como medida e preparam a aceitação de uma nova medida, gestando uma indefinição criadora, uma espécie muito particular de negatividade...
18 de maio de 2008
CAHIERS DU RIZOMÁ
Friedrich Wilhelm Nietzsche fagocitado em versão pop-arte rizomática
A inserção do pensamento rizomático no ideário contemporâneo é bastante questionável. Deleuze é considerado um nome (pelos deleuzeanos) na chamada pós-modernidade filosófica (!). Jogam dentro de um mesmo saco de gato epistemológico ‘desconstrucionista’ ou ‘pós-estruturalista’: Deleuze, Lyotard, Roland Barthes, Jacques Derrida, Jean Baudrillard, Michel Serres e Paul Virilio. Porém, acadêmicos norte-americanos, alemães e de outros mares, além França, negam essa pós-modernidade filosófica e ignoram o ideário do pensamento rizomático.
Como disse um grande poeta “só é possível filosofar em alemão”... o mestre do rizoma já sabia disso, tanto que as principais fontes de seu invencionismo rizomático (fagocitose teórica) foram os pensadores Nietzsche, Kant, Leibniz...
16 de maio de 2008
OUTRAS INTERVENÇÕES
15 de maio de 2008
INTERVENÇÕES RIZOMÁTICAS
Câmera-olho capta a vida sem mediações no México. Estamos diante de um evento nunca antes visto: Emos, Punks e Hare Krishnas, grupos altamente rizomáticos, encontram-se e exibem suas identidades tribais.
12 de maio de 2008
EXPEDIÇÃO GRAFITE A MISSÃO
1. Matheus ao telefone falando com um candidato à prefeitura nas próximas eleições municipais. Ele quer apagar as intervenções com as propagandas do candidato, utilizando a tal tinta acrílica... Fazer uma espécie rizoma de cobertura...
2. D. Maria, sentada, cedeu o muro de sua casa para expedição... Está arrependida...
3. Homem Vitruviano e sobralense foi pego de surpresa. Agora ele protege o que lhe restou... De consciência...
4. Sujeito ligando para sogra... Para fazer uma viagem ao não lugar...
5. Um grafiteiro deleuziano da expedição...
6. O responsável por este post após ler o post da Zara...
EXPEDIÇÃO GRAFITE E OUTRAS MISSÕES
grafite revela o sentido de missões anônimas
Moradores de casas pintadas com tintas d’ água já conheceram outras texturas. Graças as cores em acrílico e neon de latas de spray de grafiteiros que circulam em galerias de São Paulo, Espanha, Alemanha, Estados Unidos. Agora eles enfeitam as paredes de lugares inóspitos do Nordeste.
Sim, a missão civilizadora de nômades artistas continua!
Como informa a revista Cult, grafiteiros deixam seus traços em Pernambuco, Bahia, entre outros lugares “esquecidos” (por quem mesmo?) da região.
"Foi mágico chegar em um lugar onde não existe grafite, nem uma simples pixação, nada! Todas as casinhas limpas e coloridas e a gente com aquela sede de pintar".(grafiteiro)
Na revista, um dos artistas diz o que o encantou:
"Fiquei fascinado com aquelas casas feitas com uma técnica praticamente medieval..."(o artista teria levado a modernidade à região com seus jatos de tinta? )
Outras missões
Já o Ceará, sempre na vanguarda dos tempos, inaugurou outro tipo de missão. De Sobral para o mundo, o governador e seus assessores participaram na Europa de eventos em busca de investimentos para o esquecido estado. O ineditismo ficou por conta da intervenção de um personagem up to date, a sogra do governador que certamente fez uso de investimentos públicos do Ceará além-mar. A intervenção tirou do anonimato a sogra e a cafetinagem da política made in Sobral, um lugar não-mais-esquecido da região.
E assim, o mundo se desterritorializa em missões civilizadoras, no mínimo divertidas...
6 de maio de 2008
VIBRAÇÕES ENTRE PORCOS E ARANHAS
primeira conexão entre o porco e o homem-aranha
Uma cena especial de um filme tem me chamado a atenção, particularmente pelo entrecruzamento das várias leituras realizadas em ambiente de rede. Como ensinam Deleuze e Guattari "todo ambiente é vibratório", destaco assim a vibração presente na abordagem imagem-afecção e na invenção de novos gestos sugeridas a partir de um bicho de estimação, no caso um porco-aranha.
A re-invenção do porco-aranha: a síntese de um porco (animal terrestre, mamífero) uma aranha (animal artrópode) e uma trilha musical do personagem de Stan Lee e Steve Ditko, o Homem Aranha (Marvel Comics).
Uma re-invenção dentro da multiplicidade vivida pois, ao mesmo tempo em que o Porco-aranha do filme simboliza outros signos cristalinos da Marvel - o original Porco-Aranha criado por Tom de Falco e Mark Armstrong, uma paródia do Homem-aranha, claro - e para além disso, uma re-criação de um ícone pop que segue no sentido de des-criar o real, de resistir ao fato que lá está, impedindo que o medium desapareça naquilo que nos dá a ver, nesse movimento que vai da coisa representada à sua representação.
De sua performance gráfica original publicada em suporte impresso (em 17 raras revistas) às suas atuais aparições na cena mídia-arte, um plano de reflexão concentra-se e se expande em torno da questão “o que é uma imagem-afecção em ambiente vibratório de rede?”
Mesmo estando o Porco-Aranha do filme inserido em um não-lugar de passagem peculiar aos animais de estimação - lembro que essa é uma obra de ficção, de estética diferenciada como pode-se observar também na genial e premiada película italiana Porcos com asas - toda a meditação suscitada no momento de sua fruição acompanha uma crítica permanente, uma desmontagem das redes de discurso e significação que investem as imagens nos seus diferentes modos de aparecer.
Enfim, essa narrativa fílmica pode nos proporcionar diversas e possíveis matizes de leituras sobre a permanência desses animais que habitam o planeta e que também sobrevoam a nossa a cultura cinematográfica contemporânea.
a conferir em um lugar de passagem mais próximo desse blog, também em versão original.
sugestões rizomáticas:
na música: CD Animals (Pink Floyd), faixa Pigs;
na literatura: Porci con le ali - Lidia Ravera e Marco Radice;
para ler e esquecer: Cinema 1 - A imagem em movimento e
Cinema 2 - A imagem-tempo (Gilles Deleuze)